terça-feira, 4 de junho de 2013

Marfrig/Seara: patrocinadora da Copa 2014 some dos materiais da selecão brasileira

04/06 - A marca Seara do Grupo Marfrig que, em 2010 fechou acordo com a Fifa, anunciando patrocínio da Seleção Brasileira e das Copas do Mundo de 2010 e 2014 foi retirada neste início do mês dos materiais de divulgação da seleção brasileira.

De acordo com o título da matéria publicada pelo jornal “O Estadão” patrocinador some do material de divulgação da seleção brasileira. Grupo Marfrig, dono da marca Seara, enfrenta crise financeira e estaria atrasando pagamentos à CBF.

A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do RS (FTIA-RS) e o Sindicato da Alimentação de Caxias do Sul denunciaram o descaso da empresa com os trabalhadores que se beneficia de dinheiro público. 

No mês passado o grupo Marfrig fechou uma unidade em Caxias do Sul e demitiu 540 trabalhadores.
No dia 30 de maio a matéria veiculada pelo Estadão diz que a CBF fechou dois novos patrocínios, um com a empresa aérea Gol, que entrou no espaço antes ocupado pela TAM, e outro com a Unimed Seguros. Mas a entidade está bem perto de romper um contrato previsto para terminar somente em 2026: o acordo em risco é com a Seara, pelo qual a entidade deveria receber 15 milhões de euros (cerca de R$ 40,9 milhões) anuais.

As dificuldades financeiras do Grupo Marfrig, do qual a Seara faz parte, estariam por trás do rompimento. Os repasses referentes ao patrocínio estariam sendo feitos com atraso desde o ano passado.

O nome da empresa do ramo de alimentos não apareceu no banner colocado no fundo da sala em que o coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, deu entrevista coletiva acompanhado de outros membros da comissão técnica da CBF, nem nas placas colocadas ao redor do campo da Escola de Educação Física do Exército, no Rio, onde a equipe treinou na tarde de quarta-feira.
No campo, havia placas dos 11 patrocinadores da entidade, da campanha “Faz um 21", da Embratel, e também duas placas em homenagem ao Exército Brasileiro. No site da CBF, a Seara também foi retirada da lista de patrocinadores.


O contrato da CBF com a Seara foi assinado em 2009 e anunciado numa churrascaria da zona sul do Rio, em evento com a participação de Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade. O acordo iria até 2014, por US$ 6 milhões/ano. No ano seguinte, foi feita a prorrogação até 2026, com os valores atuais.
Segundo o balanço do exercício de 2012, a CBF recebeu durante o ano R$ 18.351.000 da Seara. No item “Contas a receber”, no entanto, consta que não entraram R$ 9.107.000 que deveriam ter sido pagos pela Marfrig Alimentos.

A entidade não comenta a possibilidade de rompimento do contrato, nem justifica a ausência das placas e de outras referências à Seara em suas atividades. A entidade alega que só poderia se manifestar após consulta a seu departamento jurídico, o que não foi possível até a noite de quarta-feira (30/05).

O Estado procurou, em vão, a assessoria de imprensa da Seara. A Marfrig, também por meio da marca Seara, é um dos patrocinadores oficiais da Copa do Mundo de 2014.
Já em outra matéria veiculada pelo mesmo jornal diz que esta confirmada a retirada das placas da seara dos locais de treino.

A Seara deixou mesmo de fazer o pagamento mensal à CBF pelo patrocínio à seleção brasileira. A inadimplência foi confirmada nesta quinta-feira por um dirigente da entidade. Caso a situação não se resolva rapidamente, levará ao rompimento do contrato que está previsto para vigorar até 2026. Na CBF há quem considere que as chances de a relação voltar à normalidade são pequenas.

CBF já retirou as placas da Seara dos locais de treino

Isso porque as tentativas de receber as cotas atrasadas não estariam dando resultados. No balanço referente a 2012, a CBF informou ter a receber R$ 9,1 milhões da empresa, o que significa que os atrasos tiveram início ano passado.

A CBF já retirou as placas da Seara dos locais de treinamento da seleção, que se apresentou terça-feira no Rio de Janeiro, e também o nome da marca do banner que serve de fundo para as entrevistas coletivas de jogadores e integrantes da comissão técnica. Mas, por enquanto, o mantém nos uniformes de treinos. "Estamos tirando o doce aos poucos", disse o dirigente.


O Estado tentou novamente contato com a Seara nesta quinta, por meio da assessoria de imprensa, mas, por ser feriado, não obteve nenhuma resposta. A marca do ramo alimentício também é patrocinadora da Copa do Mundo de 2014. ( Fonte: Site Estadão)​

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