quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Com habilitação para exportar para os EUA, Frigorífico Silva vai gerar mais empregos

Por: Deni Zolin - No Diário de Santa Maria

O Frigorífico Silva, de Santa Maria, é o único abatedouro gaúcho que participa da feira mundial de alimentos Sial 2022, em Paris. Ao todo, são 20 frigoríficos do Brasil e 125 empresas brasileiras na feira, que reúne indústrias e fornecedores de 200 países.

O frigorífico santa-mariense, que emprega 1,1 mil funcionários e abate 700 animais por dia, participa da feira pela 5ª vez, mas o foco deste ano é ampliar as exportações de cortes premium. Matheus e Cléber Silva, responsáveis pelo setor de comércio exterior do Frigorífico Silva, estão na França para fazer contatos com novos clientes.

– Este ano, nós focamos em carnes angus e hereford, que é a especialidade do Rio Grande do Sul. Buscamos diferenciar a nossa qualidade em relação ao restante do Brasil, porque o mercado externo, quando se fala em carne brasileira, pensa em commodity, em carne barata, pensa no boi zebu, e acabam generalizando isso. Então, esse ano, a gente procurou mostrar, aqui em Paris, bastante a qualidade que temos no Rio Grande do Sul, que hoje é melhor que a qualidade do Uruguai e da Argentina. Isso é muito positivo para toda a cadeia gaúcha, para continuar incentivando o produtor a produzir uma carne de qualidade e fazer nosso Estado ter esse reconhecimento. Isso teve um retorno muito positivo neste ano, tivemos muita procura. Muitos possíveis futuros clientes que compram já carne dessa qualidade do Uruguai e da Argentina se interessaram pela nossa carne. Acreditamos que vamos ter bons frutos – afirmou Matheus Silva, à coluna.

Ele diz que, neste ano, a Sial tem menos chineses e russos, mas que novos contatos foram muito produtivos, com potencial de fechar negócios. Recentemente, o abatedouro conseguiu a difícil habilitação para exportar aos EUA.

Segundo Matheus, a maioria dos países do mundo está com inflação alta e poder de compra reduzido. Por isso, o foco é ampliar as vendas de carne premium, para atender um público que não é tão atingido pela crise, e para manter boa rentabilidade.

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